David Sylvian – I Surrender
Abrias em mim o sulco da manhã
trazias um tudo nas mãos e caminhavas
perguntei-te vezes sem conta:
-Sabes para onde vais?
- Sei, mas não te digo que é um lugar só meu.
Fechavas os olhos numa lentidão só tua
guardavas um nada nas mãos e por vezes estavas
continuei a querer indagar:
- Amanhã segues viagem?
- Agora mesmo estou a caminho do meu lugar.
Abrias em mim a imensidão da noite
soltavas o vento e retomavas o caminho
e eu rendida ao enigma.
- Desta vez já não regressas?
- Se a morte estiver no fundo da estrada, terei então chegado.
Triste mas muito belo ou o poema de uma morte anunciada.
ResponderEliminarObrigada.
ResponderEliminartodas as mortes se anunciam, nesta semana fazem-no com mais intensidade.