Casper David Friederich
http://youtu.be/kMpdQycz9g8
O desafortunado em fuga.
O velho habituado a despedidas.
A jovem e as crianças coladas ao porto, ao ultimo porto.
A ausência.
- Perdi outra vez, desta vez perdi tudo, nem sei como aconteceu.
- Tu não sabes mas eu sei, acontece sempre da mesma maneira.
- Não, desta vez foi diferente.
- Não, não foi. Começaste a ganhar e aquele entusiasmo tomou conta de ti, e já não eras tu a tomar decisões, era o entusiasmo que as tomava por ti.
E a Ema? Onde ficou? Porque é que não veio contigo e com os miúdos?
- A Ema ficou lá.
- Lá onde homem?
-A Ema, foi a Ema que escolheu ficar...
-Avia-te explica, não tens muito tempo.
- Não há nada para explicar, preciso de um bote para chegar ao barco ainda esta noite, tenho que levar os miúdos.
- Tu não podes levar os garotos e a Sara é muito novinha para tratar de tudo, volto a perguntar, onde está a Ema?
- A Ema perdeu a Sara na roleta.
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Qual delas? O desafortunado tem várias roletas onde perder a(s) sua(s) Sara(s).
ResponderEliminarNão há escapatória. Os portos de abrigo são inexistentes.
No jogo da vida há os que perdem e partem e há os que se consideram perdidos e ficam.
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