sexta-feira, 5 de outubro de 2012

entre soluços e cilícios.

Sempre tive dificuldades em lidar com pessoas que proponham o sofrimento como forma de superação da condição humana. Se me é permitido achar alguma coisa, acho que dEUS se sente agredido por quem busca sofrimento e por quem oferece sofrimento ao seu semelhante. Claro que nada disto invalida a ideia de que existe bem e mal, bons e maus, recompensas e castigos. Aquilo que me cheira a sobranceria, é alguém julgar que buscando ou oferecendo o sofrimento, está elevar-se e a aproximar-se de um modelo de existência divino. O governo português está a praticar sadomasoquismo económico-financeiro connosco. Fala-nos numa voz suave e velada enquanto nos coloca apertados cilícios, gabando-se entre amigos fetichistas da nossa total submissão. Ora, eu não costumo falar das formas outras de obter prazer, mas se me incluem como parceiro forçado, aí parece-me da mais elementar sensatez, pronunciar-me acerca daquilo que me dá ou não prazer, e afiançar a esta gente que não quero o reino dos céus, se este for o caminho. E nem os mando f.... pois falta-me vontade de lhes desejar um bom feriado, que vai ser este ano comemorado à porta fechada.

2 comentários:

  1. Diria que têm muito de Sade nada de Masoch, com excepção de Portas que "representa" bem algum sofrimento.
    E pode mandá-los f.... e assim juntar-se a milhões.
    bfs

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    1. Bom Dia, e obrigada pelo seu comentário.
      Já viu que o governo está em total rota de colisão com os cidadãos? Sobretudo com os que o elegeram. Este acto é um acto de masoquismo, optar por sofrimento que lhes garanta um ódio de que não há memória na nossa democracia.

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