Lembra-te da tua condição cigana!
E dança, dança porra, dança até os pés sangrarem!
O arame invisível por baixo dos nossos pés
O acordeão enlouquecido
o trompete desafinado
o rufar do tambor
o flautim e o batalhão de ratos.
dança, já te disse, dança!
Excelente! Há algo de "balcânico" neste poste e na canção, que nos ferem mas nos encantam, enquanto o lemos e a dançamos.
ResponderEliminar:)
É curioso, quando o escrevi não me apercebi disso, mas agora recordei um episódio que me aconteceu na transilvânia, mais precisamente em sinai, no ano 2000, um cigano com um urso( preso, açaimado e drogado) que tirava fotografias com os turistas, marcou-me bastante a imagem do imponente urso pardo ali, subjugado.
EliminarTodos temos um arame sob os pés.
ResponderEliminarDançar julgo que também temos de o fazer.
A diferença estará em quem comanda a dança e no tipo de música qeu conseguimos ouvir.
Abraço
Por vezes, torna-se imprescindível dançar, como naqueles western em que uma das personagens vai disparando balas quase ininterruptamente para os pés de uma outra personagem.
ResponderEliminarObrigada pelo seu Comentário.
Já não nos resta nem a frágil sustentabilidade do arame.
ResponderEliminarTemos por chão o vazio, um vácuo em que dançamos ao som de músicas que não são as nossas, que não queremos, que somos incapazes de acompanhar no seu compasso desordenado.
Dancem pois, os ciganos. Esses ainda nos ensinam solidariedade étnica, ainda nos ensinam valores, ainda nos ensinam "gente".
Dancemos pois nós, ciganos regressados à estrada.
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