terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fake empires.

Acho, apenas acho, que a nossa vida tem o interesse que o nosso talento narrativo lhe conferir.
Mesmo assim, sei, e isto eu sei, que retirar palavras dadas não é o mesmo que recontar histórias, sei, e isto sei, que mentir não equivale a desenhar ilusões.
Os seres humanos, menos belos, enredam-se em teias e nem a memória os liberta, agarra-os como traças no papel viscoso, debatem-se em agonia, revelando o esqueleto por trás da carne seca.
O vento correu desgarrado na madrugada de sábado, sob pinheiros revelaram-se almas e demónios.
Ontem, o homem negro que comprava cervejas pretas, e estava à minha frente no supermercado, deixou-me uma verdade para os próximos dias:
- EU SOU NERVOSO; EU NÃO SOU ANIMAL!

http://youtu.be/KehwyWmXr3U

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