domingo, 10 de maio de 2015

Estar às ordens da noite.

The orders of the night.
Anselm Kiefer










Quando é que abandonámos o desejo ?
Em que momento escolhemos a morte?
Porque nos prostrámos perante as forças da noite?
Será esta desistência uma consciência aguda do provável colapso civilizacional?Como se pode narrar a um filho que a vida dos humanos tem valor diferente dependendo do lugar onde se  nasceu?
Como dizer-lhe que alguns humanos acham possível deixar morrer outros humanos afogados num mar sem esperança para lhes ensinar a não desejarem fugir da morte e da guerra e da fome e da tortura?
Que caminho é este onde a centelha individual só brilha se houver dinheiro para o azeite de uma lamparina falsa?
Quem são os inúteis?
Quanto vale  aquilo que nada vale e quanto vale o que dizem ser valioso?


















5 comentários:

  1. Quando é que abandonámos a verticalidade?
    Desde quando a nossa posição é de cócoras?
    Para onde emigrou a dignidade, aquela que faz do homem um Homem?

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    1. É tudo isso que pergunto. Chegou de mansinho pela porta da indiferença e desaguou num alheamento suicidário.
      Grata por permanecer.

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