sábado, 8 de dezembro de 2012

Marilyn Monroe Happy Birthday Mr President





Logo pela manhã, leio na parede virtual de uma Professora ( daquelas Professoras de sempre e para sempre), a frase:
"PARABÉNS, SENHOR PRESIDENTE!"
As poucas sinapses que ainda funcionam, disparam para a cultura anglo-saxónica, para os americanos, um presidente mantém o título, mesmo depois de abandonar o cargo. Por cá junta-se um prefixo que simboliza a perca de poder, ou pelo menos a perca dos poderes associados ao cargo em causa, ex-presidente, poderíamos agora divergir e divagar acerca das motivações que levam os americanos a manter o título sem as mordomias, e os portugueses a prefixar o título sem prejuízo das mordomias, mas esse não é o ponto deste texto.
Já a tarde ía alta e numa hesitação entre o chumbo e a luz ensurdecedora, quando dou por mim a cantar "HAppy Birthday, mr president", flashes intermitentes da Marilyn e do presidente J. F. Kennedy, e eu sem compreender de onde vinham.
É neste momento que compreendo o poder de um Ìcone. Um Ícone, é alguém que captura as frases mais simples e inócuas, subjugando-as ao seu poder, à sua imagem.
Não é possível dizer "HAppy Birthday, Mr. President", sem se ser invadido pelas imagens da Marilyn. Este é o poder de se tornar significante, ser a imagem que aparece associada a determinados significados, o verdadeiro poder mediático, mediúnico ou imediato. Tornar-se corpo de palavras banais pode parecer pouco importante, mas as palavras banais pronunciam-se com frequência muito superior às outras. e a cada banalidade, dispara na nossa mente um ícone, mesmo que a razão pura disso não se aperceba.

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